Os Freios
Os freio melhoraram a medida que os materiais e o Know-How da engenharia
evoluíram. As primeiras bicicletas não tinham freios,
o que aumentou a sua temerosa reputação. Para as bicicletas
tornarem-se mais populares, um mecanismo efetivo para diminuição
da velocidade e para a parada teve que ser inventado. Todos os freios,
indiferentemente do mecanismo, têm uma coisa em comum, aumentam
a quantidade de atrito (normalmente na roda), permitindo ao ciclista
frear.
O Freio Tipo "Plunger"
O primeiro sistema de freio largamente usado era conhecido como "Plunger".
Apareceu primeiro nas "rodas-altas" do século passado. O princípio
do freio tipo "plunger" era simples: pressionado ou puxando uma alavanca,
uma sapata de metal era pressionada contra o lado externo da roda, gerando
atrito e parando a bicicleta. Os problemas com esse sistema incluía
o desgaste excessivo da roda (não funcionava bem com pneus, mesmo
quando a sapata de metal era revestida com borracha) e performance deficiente
nas superfícies molhadas. A água diminuía o atrito
entre a sapata de freio e a roda, diminuindo a capacidade de frenagem.
O Freio "Contra-Pedal"
O
freio contra-pedal é ainda muito usado em todo o mundo e aparece
em várias bicicletas menos sofisticadas, tais como bicicletas
"cruisers" (para lazer/transporte nas cidades) e bicicletas utilitárias.
Também aparecem em algumas bicicletas de criança e triciclos.
O freio contra-pedal funciona revertendo-se o movimento do pedal. O
mecanismo de freio é localizado na parte interna do cubo da roda
traseira e, quando acionado, expande-se contra as paredes internas do
cubo, provocando atrito e parando a bicicleta. Esse freio é particularmente
forte e tem a tendência de travar a roda traseira, quando acionado,
provocando derrapagem.
Freio Tipo "Caliper" (de sapatas)
O freio mais popular para bicicleta de estrada e mountain bikes é
o "caliper". O ciclista aciona esse tipo de freio pressionando alavancas,
as quais puxam cabos que forçam sapatas contra os aros das rodas
dianteira e traseira. Os freios "caliper" são leves e baratos,
mas não são livres de problemas. Durante dias chuvosos
eles levam o dobro da distância para parar a bicicleta, em relação
à distância que levaria em dias secos. A água atua
como lubrificante nas laterais dos aros.
Durante as descidas muito longas os aros podem aquecer, chegando ao
ponto de fazer um buraco na câmara de ar, devido à temperatura.
É recomendável, quando se usa o freio "caliper", aplicar
uma leve pressão nos freios e modular de forma controlada (pressionar
e aliviar as alavancas repetidamente). A modulação controlada
ajudará o freio a ter melhor performance, particularmente nos
dias de chuva, removendo parte do excesso de líquido dos aros.
Além disso, modular os freios assegurará que o ciclista
não vai travar as rodas (quando as rodas param de girar o ciclista
começa a perder o controle da bicicleta). Paul Doherty explica,
"eu equilibro a frenagem entre a derrapagem da roda no chão e
a "derrapagem" das sapatas dos freios. Exatamente como nos freios "anti-lock"
(ABS) dos carros, eu quero manter a roda girando um pouco, para que
eu possa controlar a bicicleta".
Balancear a frenagem entre as rodas dianteira e traseira também
é importante. Paul explica, "a coisa mais importante a respeito
da frenagem é que você quer parar rapidamente, sob controle,
e não voar sobre o guidom. Quando estou andando de bicicleta
e aplico os freios meu corpo tem inércia e tende a continuar
indo em frente. Isso muda meu peso para frente, sobre a roda dianteira.
Portanto, eu freio muito com a roda dianteira, mas se eu frear demais
com a roda dianteira eu acabo sendo arremessado sobre o guidom. Então,
a idéia é balancear a frenagem entre dianteira e a traseira,
para se obter a máxima eficiência".
A campeã americana de cross-country, Ruthie Matthes, acha que
o planejamento é a chave da frenagem efetiva, pelas razões
que Paul citou. Ruthie disse, "nós temos a sorte, no nosso esporte,
de poder pedalar no percurso antes das provas, para que possamos planejar
nossas freadas". Ruthie continuou explicando sua técnica para
frear em curvas fechadas. "O que eu faço quando estou competindo,
se eu estou me aproximando de uma curva fechada, é frear antes
da curva e, quando estou entrando acurva, soltar o freio dianteiro e
usar apenas o traseiro".
Freios a Tambor e a Disco
Os freios a tambor e a disco são pouco comuns em bicicletas.
O freio a tambor funciona com a aplicação de atrito através
de uma sapata dentro de um tambor fechado. O tambor é integrado
com cubo da roda. Esses tipos de freios geram muito calor e etiquetas
de advertência são colocadas na parte externa dos cubos,
alertando o ciclista para não tocar no cubo durante um certo
tempo, depois que os freios são aplicados. Os freios a discos
funcionam de modo muito semelhante aos freios "caliper", com um disco
acoplado ao cubo. A principal vantagem é que o disco fica fora
do "spray" da roda e, consequentemente, de qualquer líquido,
sujeira ou outros materiais. Ambos os tipos de freio adicionam mais
peso à bicicleta, principalmente o freio a tambor. Esses freios
aparecem nas bicicletas profissionais de "downhill", onde o peso adicional
não é uma preocupação e o acréscimo
do poder de frenagem é essencial.
Calcule A Distância Mínima
de Parada de uma Bicicleta
Nota: Veja como a distância para parar uma bicicleta
varia com a sua velocidade e com as características da superfície
na qual se desloca.
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